quarta-feira, 28 de outubro de 2009

CÂNCER DE CÓLON E RETO

O cólon e o reto são segmentos do intestino grosso. O cólon possui quatro partes. O cólon ascendente que termina no ceco, o cólon transverso, cólon descendente e o cólon sigmóide. Do sigmóide o intestino continua pelo reto que termina no canal anal.
O câncer coloretal é uma doença onde as células normais do cólon ou do reto param de funcionar adequadamente e começam a crescer descontroladamente. Se não tratadas ou removidas estas células tumorais crescem e se torna um tumor que pode alterar o funcionamento do cólon e do reto e pode se espalhar para outras partes do corpo.
O câncer coloretal pode se iniciar tanto no cólon quanto no reto. A maioria destes tumores se inicia em pólipos que são formações não cancerosas que podem crescer na parede interna do intestino grosso com o envelhecimento. Alguns tipos de pólipos eventualmente se tornam cancerosos e uma maneira de prevenir o aparecimento seria a detecção e a remoção dos pólipos antes de se tornarem malignos.
A maioria dos tumores do intestino grosso são chamados de adenocarcinomas, pois se originam da camada que recobre internamente o intestino grosso. Outros tipos de tumores que podem aparecer no cólon ou reto são os tumores carcinóides, tumores do estroma gastrointestinal e linfomas.
Incidência
Entre 1979 e 2000, as taxas de câncer de cólon e reto apresentaram um aumento de 76,7% entre homens, passando de 2,44/100.000 para 4,32/100.000 e de 69% entre mulheres, passando de 2,80/100.000 para 4,75/100.000 .
Para o país como um todo, o número de óbitos esperados para o ano 2003, entre homens e mulheres são, respectivamente, 3.700 e 4.270, correspondendo a taxas brutas de mortalidade de 4,24/100.000 (homens) e 4,73/100.000 (mulheres). O número estimado de casos novos em 2003 --- 9.530 em homens e 10.545 em mulheres --- reflete taxas brutas de incidência de 10,96/100.000 (homens) e 11,73/100.000 (mulheres).
Mortalidade
No mundo o câncer de cólon e reto é a quarta neoplasia mais incidente em ambos os sexos. A sua mortalidade é considerada baixa. A sobrevida global em cinco anos é de 40-50% e não são observadas diferenças muito grandes entre países desenvolvidos e em desenvolvimento
No Brasil, este câncer figura entre as cinco primeiras causas de morte por câncer, tendo-se observado um aumento consistente de suas taxas de mortalidade ao longo das últimas décadas. Em relação ao número de casos novos, o câncer de cólon e reto se encontra em quinto lugar, entre os homens e o quarto, entre as mulheres.
Fatores de risco
As causas de câncer coloretal são desconhecidas, mas parece que alguns fatores podem elevar o risco de desenvolvimento da doença:
• Idade: Este câncer atinge mais pessoas acima de 50 anos.
• Pólipos: são estruturas que crescem dentro do intestino, que não são malignas, mas alguns tipos podem se transformar em câncer.
• História de câncer: Mulheres que já tiveram câncer de ovário, útero ou mama têm mais chances de desenvolver a doença.
• História familiar: Os pais, irmãos e filhos de uma pessoa com câncer colo retal possuem mais chances de ter a doença, principalmente se a pessoa que teve câncer o desenvolveu antes dos 60 anos. Famílias com condições hereditárias como a Polipose Adenomatosa Familiar ou o Câncer coloretal hereditário não polipótico possuem maior risco.
• Enterocolite ulcerativa: nesta condição o cólon se inflama e úlceras aparecem na camada de revestimento interno do intestino grosso. Esta camada anormal é mais sujeita a transformações malignas.
• Dieta: Uma dieta rica em frutas e verduras e baixa ingestão de carnes vermelhas ajuda a reduzir o risco. Alguns estudos mostraram que a suplementação de ácido fólico e cálcio ajudam a reduzir o risco também.
• Constipação intestinal crônica: A baixa ingestão de fibras levando a um funcionamento preguiçoso do intestino aumenta o risco da doença.
• Fumo: Cigarro, charuto ou cachimbo aumentam o risco de câncer coloretal.
• Sedentarismo: Não se exercitar e ter altas taxas de gordura corporal aumentam o risco de câncer.
É importante lembrar que o fato de ter algum desses fatores não significa que a pessoa desenvolverá câncer.
Sinais de alerta
Ficar alerta aos sintomas de câncer coloretal aumenta a possibilidade de um diagnóstico precoce, aumentando as chances do sucesso do tratamento. Sintomas que podem estar relacionados com um cancer colorectal incluem:
• Uma alteração do hábitos intestinais
• Diarréia, constipação ou sensação que o intestine não se esvaziou completamente por mais de uma semana
• Sangue vivo ou escuro nas fezes
• Fezes mais finas e estreitas que o usual ("fezes em fita")
• Desconforto abdominal incluindo cólicas, empachamento e excesso de gases.
• Perda não intencional de peso
• Anemia sem sangramento aparente em indivíduos acima de 50 anos
• Cansaço constante e fadiga
Estes sintomas podem ser causados por outras condições, mas é importante ir ao medico se você tiver algum destes sintomas presentes.
Diagnóstico precoce
É dificultado pela ocorrência tardia dos sintomas, e pelo preconceito que existe contra os métodos de diagnóstico. Existem vários exames disponíveis para rastrear o câncer coloretal. Porém a necessidade destes testes deve ser discutida com o médico.
Toque retal: O medico faz o exame usando o dedo indicador para sentir áreas alteradas que possam ser suspeitas de câncer de reto.
Teste de sangue oculto nas fezes: Um teste usado para checar se existe sangue não visível nas fezes, que podem indicar a presença de pólipos ou câncer.
Sigmoidoscopia: Um aparelho chamado sigmoidoscópio é inserido no cólon e no cólon terminal para visualizar a presença de pólipos ou outras alterações. Durante este exame o medico pode retirar pólipos ou amostras de tecido para exame microscópico.
Colonoscopia: Um aparelho chamado colonoscópio é inserido pelo reto e todo o cólon na procura por pólipos ou outras anormalidades. O médico pode retirar material para exame microscópico durante o procedimento.
Enema baritado: Um enema contendo bário, que ajuda a delinear o cólon e o reto no raio-x, é dado ao paciente. Uma série de radiografias é então tirada e examinada para identificar falhas de preenchimento que podem ser pólipos ou tumores.
Se houver a suspeita ou a visualização de lesão em algum dos exames acima, exames adicionais poderão ser realizados:
• Biopsia. Neste procedimento o medico remove uma pequena amostra do tecido suspeito e o envia para exame microscópico, realizado pelo patologista. Somente a biópsia é capaz de dar diagnóstico definitivo de câncer.
• Marcador tumoral. Um exame que mede os níveis no sangue de uma proteína chamada antígeno carcinoembrionário (CEA). Altos níveis de CEA podem indicar que o câncer é agressivo ou que já se espalhou para outros órgãos.
• Exames de imagens:
- Tomografia computadorizada: para checar se o câncer se espalhou pelo abdomen e/ou pélvis.
- Ultrassom de abdomen para avaliação se houve comprometimento do fígado.
- Raio X de tórax, para avaliar se o câncer atingiu o tórax
Como se espalha
O câncer coloretal espalha-se diretamente da mucosa através da parede muscular do intestino para tecidos subjacentes. O tumor pode se metastatizar para linfonodos próximos através de invasão de vasos linfáticos, e para o fígado, através da veia porta. Pode ainda apresentar metástases em outros órgãos, principalmente para pulmões, ossos e cérebro.
Estadiamento
Após o diagnóstico é necessário fazer uma avaliação da extensão do tumor, para programação do melhor tratamento possível. Esta avaliação é chamada estadiamento, e classifica os tumores nos estágios de 0 (zero) a IV (quatro), como vemos a seguir:
Estágio 0: É também chamado de câncer in situ. As células tumorais estão somente na camada mais superficial (mucosa) do tecido que recobre internamente o intestino e o reto.
Estágio I: O tumor ultrapassa a mucosa e infiltra a camada muscular do cólon e ou reto. Não há comprometimento de tecidos vizinhos ou linfonodos.
Estágio IIA: O tumor já infiltra toda a espessura da parede do cólon ou reto e pode infiltrar tecidos vizinhos, mas não atinge os linfonodos regionais.
Estágio IIB: O tumor já infiltra toda a espessura da parede do cólon ou reto e pode infiltrar órgãos próximos, mas não atinge os linfonodos regionais.
Estágio IIIA: O tumor já infiltra mucosa e a camada muscular do cólon ou reto e também atinge de 1 a três linfonodos regionais, mas não se espalhou para outras partes do corpo.
Estágio IIIB: O tumor infiltra tecido vizinhos ou órgãos nas proximidades além de 1 a 3 linfonodos regionais, mas não se espalhou para outras áreas do corpo.
Estágio IIIC: Qualquer tumor que já tenha se espalhado por 4 ou mais linfonodos, mas não atinge outras áreas do corpo.
Estágio IV: O tumor já atinge órgãos distante como pulmões ou fígado.
Recorrência: Tumor recorrente significa que o tumor voltou após já ter sido tratado. A doença pode voltar no cólon ou no reto ou em outra área do corpo.
Tratamento
O tratamento para o câncer coloretal depende a localização e da extensão da doença. O tratamento é feito por equipe de várias especialidades que inclui um cirurgião gástrico, um oncologista clínico e um radioterapeuta.
Cirurgia
O tratamento mais comum para o câncer coloretal é a cirurgia para retirada do tumor. Parte de tecidos saudáveis do colon ou reto atém de linfonodos regionais também são removidas. Se houver muitos danos ao colon o paciente pode vir a necessitar de uma colostomia, que é a abertura ou orifício no abdome o qual o cólon restante fica ligado, para eliminar resíduos fecais que são coletados por uma bolsa usada pelo paciente. Geralmente a colostomia é somente temporária mas em alguns casos pode ser permanente.
Se o câncer é inicial (Estadio I ou II), a remoção cirúrgica do tumor é freqüentemente o único tratamento. Se houver reaparecimento do tumor, estaria aí indicada a radioterapia e/ou quimioterapia. O tratamento para o câncer in situ (Estádio 0) seria a simples retirada do pólipo, sem cirurgia de grande porte.
Se o câncer já se encontra em estadio mais avançado (Estadio III) e compromete linfonodos regionais, além da cirurgia é necessário a complementação com a quimioterapia. A radioterapia também pode ser indicada dependendo da localização do tumor e se houve comprometimento de tecidos vizinhos.
Quimioterapia
A quimioterapia utiliza medicamentos para matar células tumorais. Ele pode ser feito após a cirurgia para matar qualquer célula tumoral que possa ter restado no local, ou em outros órgãos. Algumas medicações são dadas em forma de comprimidos por via oral e outras são injetadas na veia. Existem várias medicações e combinações de diferentes medicamentos para tratar o câncer coloretal. O oncologista clínico avaliará o melhor tratamento baseado nas características da doença e do paciente. A quimioterapia atinge células saudáveis também, podendo trazer efeitos colaterais importantes. Para saber sobre efeitos colaterais do tratamento.
Radioterapia
A radioterapia utiliza raios X de alta energia para matar células tumorais. É usada com bastante freqüência no câncer coloretal. Ele pode ser indicado antes da cirurgia para reduzir seu tamanho e facilitar a remoção do tumor, ou após a cirurgia para destruir as células tumorais que podem ter restado no local.
A radioterapia utiliza aparelhos que emitem raios para o local do corpo onde se localiza o tumor. Ela é feita por cinco dias na semana durante várias semanas e pode ser feita numa clínica ou num ambiente hospitalar.
A radioterapia, assim com a quimioterapia, pode lesar células saudáveis também, levando a efeitos colaterais indesejados.
Sobrevivência
Em estágios iniciais, após tratamento cirúrgico, a sobrevida em 5 anos chega perto dos 100%. Em estágios mais avançados localmente, chega a 40%. Com doença metastática, esse índice cai para menos de 5%.
Câncer de intestino
Cólon e Reto

O cólon e o reto fazem parte do sistema digestivo por onde passam os alimentos, até chegarem ao ânus. O cólon, também chamado de intestino grosso, mede cerca de 120 centímetros de comprimento. Seus últimos 20 centímetros constituem o reto.
O alimento é digerido no estômago e no duodeno e seus nutrientes são extraídos à medida em que vão passando pelo intestino delgado. Findo este trajeto, o resto (bolo fecal) inicia sua passagem pelo cólon (intestino grosso), onde a parte líquida é absorvida e atravessa o reto em direção ao ânus, para então, ser expelido, em forma de fezes.

Câncer de Cólon e Reto

O câncer de cólon e reto, também chamado de colorretal, incide igualmente em homens e mulheres, geralmente por volta dos 50 anos de idade. Costuma desenvolver-se lentamente e de modo bem previsível. Na maioria dos casos, quando detectado em seu estágio inicial, o câncer colorretal é curável, embora, nesta fase, dificilmente apresente sintomas.
Como todos os outros tecidos e órgãos do corpo, o cólon é constituído por células que se dividem e se reproduzem de forma ordenada e controlada. Quando ocorre alguma disfunção celular que altera este processo, é produzido um excesso de tecido que dá origem ao tumor, que pode ser benigno ou maligno.
O tumor maligno, ou câncer, cresce, não apenas comprimindo mas, também, invadindo e destruindo tecidos sadios à sua volta.
Além disto, as células tumorais podem desprender-se do tumor de origem e espalhar-se através da corrente sangüínea e/ou vasos linfáticos, migrando para outras partes do corpo, geralmente para o fígado, nódulos linfáticos, pulmão e ossos. Apesar de outros órgãos terem sido afetados, estes novos tumores, chamados de metástases do câncer colorretal, têm as mesmas características. Isto significa que fazem parte da mesma doença e o seu tratamento leva em conta o tipo de câncer que as originou, além daAinda não se sabe exatamente as causas do câncer de cólon e de reto, porém, vários estudos apontam para alguns fatores de risco que predispõem a sua ocorrência:

Alimentação inadequada

Há fortes evidências de que a ocorrência de câncer de cólon e de reto está associada a dietas altamente gordurosas, hipercalóricas e pobres em fibras.
Uma dieta balanceada, que fornece os nutrientes necessários para que o organismo se mantenha em equilíbrio, é considerada como forte aliada na prevenção do câncer colorretal.

Constipação intestinal

A constante prisão de ventre está entre um dos fatores de risco de câncer colorretal. Estudos sugerem que o contato das fezes com as paredes do cólon e do reto por períodos prolongados de tempo aumenta as chances de desenvolver a doença. Não há dúvidas de que os hábitos alimentares têm relação direta com o funcionamento do intestino.

Pólipos

O aparecimento de pólipos benignos nas paredes colorretais é relativamente comum, principalmente a partir dos 50 anos de idade. Como um grande número de cânceres de cólon e de reto desenvolve-se a partir destes pólipos, o ideal seria removê-los preventivamente. Porém, estes pólipos geralmente não apresentam sintomas, o que dificulta sua detecção precoce.

Histórico familiar

Embora não haja, ainda, provas suficientes para que se possa afirmar que o câncer colorretal seja hereditário, já é possível verificar que, em famílias em que um dos membros tem câncer de cólon e de reto, seus parentes em 1º grau têm mais chances de desenvolver a doença. A probabilidade é ainda maior quando ela ocorre em mais de um membro da mesma família. Nestes casos, a colonoscopia é altamente recomendada. Trata-se de um exame em que o médico percorre as paredes internas do cólon e do reto através de um instrumento flexível, chamado colonoscópio, que permite a visualização e subseqüente remoção de pólipos.

Colite ulcerativa

Colite ulcerativa é decorrência da inflamação, por razões desconhecidas, nas paredes colorretais. Verifica-se que pessoas que sofrem de colite ulcerativa correm alto risco de desenvolver câncer de cólon e de reto.

Sinais e sintomas mais freqüentes

No seu estágio inicial, o câncer colorretal não costuma apresentar sintomas (o que dificulta sua detecção precoce). Por esta razão, é muito importante ficar atento a alguns sinais, tais como:
- Mudança injustificada de hábito intestinal;
- Diarréia ou prisão de ventre recorrentes;
- Sangue nas fezes (pode ser de coloração clara ou escura);
- Evacuações dolorosas;
- Afinamento das fezes;
- Constante flatulência (gases);
- Desconforto gástrico (sensação de plenitude estomacal, contrações dolorosas);
- Sensação de constipação intestinal;
- Perda injustificada de peso;

Cansaço constante

Importante: A presença de um ou mais destes sintomas não significa, necessariamente, que se está com câncer; podem ser causados por diversas doenças gastrointestinais, como úlceras ou inflamação do cólon.
Se alguns destes sinais permanecerem por mais de duas semanas, você deve consultar um médico, para que o problema seja diagnosticado e tratado o mais cedo possível.

Como é feito o diagnóstico

Para determinar a razão dos sintomas, o médico escutará suas queixas, seu histórico e fará o exame clínico.
O toque retal é o primeiro passo para o diagnóstico. Usando uma luva lubrificada e introduzindo o dedo através do ânus, o médico é capaz de sentir a presença de uma protuberância endurecida.
O médico poderá solicitar alguns exames, tais como:

- Teste de sangue oculto: Para verificar se há presença de sangue nas fezes, que não se pode ver a olho nu, será colhida uma amostra de suas fezes para uma investigação microscópica. Para se fazer este exame, você não poderá comer carne durante os dois dias que precedem a evacuação das fezes que serão examinadas.

Colonoscopia

Para examinar o cólon em toda a sua extensão, utiliza-se um instrumento chamado colonoscópio, que permite visualizar as paredes do cólon e, se necessário, a retirada de uma pequena amostra de tecido para biópsia.
A colonoscopia terá de ser feita com o intestino completamente vazio, o que implica em jejum total e limpeza intestinal completa, feita com laxantes, durante o dia que antecede o exame. Este procedimento não é nada agradável ou dignificante, porém, deve-se ter em mente que a relevância do resultado supera o desconforto.

Radiografia

Em determinados casos, para se obter um diagnóstico mais preciso, é necessário fazer alguns exames radiológicos do intestino. Para que as paredes do intestino fiquem visíveis na radiografia, é preciso envolvê-las com bário, que é um líqüido de contraste. Ou seja, quando a radiografia é revelada, todo o caminho percorrido pelo bário pode ser visto nitidamente, possibilitando a detecção de qualquer anormalidade. Assim como na colonoscopia, este exame requer a limpeza total do intestino e ainda a introdução de bário, por via oral e/ou anal.

CEA

Por meio deste exame de sangue, é possível fazer a contagem de antígeno carcinogênico embrionário (CEA), cuja presença no sangue costuma ser maior em pacientes com câncer colorretal. Entretanto, este exame, isoladamente, não serve como parâmetro para diagnóstico ou para tratamento, pois seu resultado pode ser influenciado por diversas variáveis. Em fumantes, por exemplo, o nível de CEA é, geralmente, mais elevado do que em não fumantes, independentemente de serem portadores de câncer.

Tratamentos

Feito o diagnóstico de câncer colorretal, o médico poderá solicitar outros exames para fazer o estadiamento (constatar a extensão) da doença e estabelecer um plano de tratamento, levando em conta sua idade, histórico e estado geral.
Há quatro métodos principais de tratamento para o câncer colorretal: cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. Seu médico poderá indicar um único método ou a combinação deles. Sua decisão é baseada na necessidade individual de cada paciente.

Cirurgia

O tipo de cirurgia dependerá da localização e do tamanho do tumor. Na maioria dos casos, é possível retirar a parte afetada do intestino. Este procedimento chama-se ressecção do intestino. Durante a cirurgia são retirados, também, os gânglios linfáticos circunvizinhos, para se verificar se estes apresentam células.
A colostomia temporária é feita para que as fezes sejam desviadas do baixo cólon e o reto até que estes sejam restaurados. Quando a região encontra-se restabelecida, uma segunda cirurgia é feita para fechar o estoma e normalizar as funções intestinais.
A colostomia definitiva é necessária quando o baixo reto é inteiramente retirado. Após a cirurgia, é colocada uma bolsa especial no estoma, a fim de coletar as fezes.

Radioterapia

A radioterapia costuma ser aplicada antes ou após a cirurgia, especialmente em câncer de reto.
É muito indicada, também, para casos em que é impossível remover o tumor cirurgicamente, por localizar-se muito próximo do ânus. Isoladamente, a radioterapia não tem um grande poder de ação contra o câncer colorretal, mas, combinada com outros tratamentos, costuma ser muito eficaz para reduzir as chances de recorrência da doença.

Quimioterapia

A quimioterapia não tem sido muito eficiente no combate a casos recorrentes ou muito avançados de câncer colorretal. Entretanto, em grupos de pacientes em estágio moderado, a quimioterapia tem apresentado bons resultados, como tratamento adjuvante. Em outras palavras, algumas drogas quimioterápicas, aplicadas após a cirurgia, têm sido efetivas.

Imunoterapia

O sistema imunológico do organismo humano tem uma capacidade natural de reconhecer células cancerosas e combatê-las. A imunoterapia ou terapia biológica é um tratamento que estimula e fortalece esta função e costuma ser indicada como tratamento adjuvante à cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

Bolsas de colostomia e cuidados com o estomago

Há uma grande variedade de bolsas de colostomia, disponíveis no mercado.
O dispositivo a ser adotado deverá apresentar as características que melhor se adaptem ao paciente, tais como: o tamanho da bolsa deverá ser adequado para conter o volume de fezes eliminadas, possuir um adesivo antialérgico, que não irrite a pele ao redor do estoma e ser de fácil manejo.
Os cuidados com o estoma e a pele ao seu redor são fundamentais para prevenir complicações que poderão alterar o seu funcionamento normal.
A higiene deve ser feita, no mínimo, uma vez por dia, com gaze, algodão ou toalha macia, umedecidos com água morna e sabonete neutro. Após a limpeza, o local deve ficar bem seco. Soluções que contenham éter, álcool ou benzina, para remover resíduos de cola da placa que adere ao estoma, devem ser evitadas, pois podem causar irritação local ou outros danos.
Deve-se observar a cicatrização ao redor do estoma e possíveis alterações tais como edema (inchaço), odor e coloração da pele, que deve estar sempre bem avermelhada, com presença de muco e sem odor desagradável.
Importante: Qualquer alteração quanto à coloração, edema, presença de pus, sangramentos ou irritação no local ou ao redor do estoma devem ser imediatamente comunicados ao médico ou à enfermeira especialista.

3 comentários:

  1. Otima materia.
    Muito esclarecedoras para ex pacientes como eu.
    Tive CA de collon ha 10 anos retrosigmoide, com mestastase para ovario, resultou em cirurgia e quimioterapia. Me chamo Maria tenho hoje 47 anos.
    Moro no Japao ha dois anos e vou ao Brasil de 2 em 2 anos para realizar exames de rotina tive alta desde 2005, me sinto curada e tudo funciona maravilhosamente bem.Como tive meta para ovario e a informacao laudal que tive e que foram descecado ganglios linfaticos acho que 7 e nenhum comprometimento o que chegou-se a conclusao que a metastase foi por aproximacao.
    Gostaria de saber em qual estadiamento a doenca estava naquela epoca? pode me responder?

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  2. Bom dia,

    Qual o profissional devo procurar?

    Obrigado,

    A. Vieira

    Pode me responder pelo e-mail:

    arnaldoguarulhos@gmail.com
    011-9748-0402

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