domingo, 1 de novembro de 2009

RECONSTITUIÇÃO MAMARIA PODE ESPERAR

Aproveitar o embalo de uma mastectomia e promover mudanças estéticas de impacto é pouco aconselhável. O melhor, em alguns casos, é deixar a reconstituição da mama para um pouco mais tarde.
A evolução técnica e de materiais permite que se faça a reconstituição da mama afetada por um tumor imediatamente após a retirada do câncer e, também, que a paciente promova alterações de ordem estética que podem atuar como fator positivo em sua reconquista de autoestima, às vezes afetada pela doença.
Há casos, porém, em que a paciente tem de esperar algum tempo para submeter-se à cirurgia de reconstrução.
“A decisão de adiar a reconstrução para um momento mais adequado é definida pela equipe multidisciplinar, composta de mastologista, cirurgião plástico e oncologista”.
Diversos fatores interferem nessa decisão, mas o adiamento está estreitamente ligado às condições de saúde da paciente.
“Questões como excesso de peso, obesidade ou hipertensão podem ser decisivas para o adiamento”, afirma o cirurgião plástico. Essas condições podem aumentar o risco de complicações, porque a cirurgia pode durar mais tempo, ser de maior porte e, por isso, constituir um risco aumentado ao qual a equipe não quer submeter a paciente.
O estadiamento do tumor também interfere na decisão. Não que a cirurgia vá interferir na evolução da doença, mas porque qualquer eventual complicação da cirurgia plástica, que demande maior tempo de recuperação, pode atrapalhar o andamento do tratamento contra o câncer.
“Como a reconstrução mamária pode ser realizada a qualquer tempo – e há casos de reconstrução feita depois de alguns meses e até cinco anos após a cirurgia -, é melhor que a paciente passe por essa etapa quando não houver mais riscos”.

Muitas pacientes querem aproveitar o momento da reconstrução para concretizar antigos sonhos, como o de aumentar a mama. “Não há impedimento para isso, desde que prevaleça o bom senso”. É desaconselhado os exageros, mas admite-se fazer aumentos dentro de padrões aceitáveis.
“Se a paciente tiver de fazer um tratamento radioterápico depois, a prótese exagerada não permite que o radiologista direcione corretamente os feixes e a aplicação acaba sendo prejudicada".

Nenhum comentário:

Postar um comentário